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Restart é a cara do Brasil

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Antes de ser uma expressão artística, hoje, a música é um bem de consumo. Praticamente não há espaço para o real talento e para a música de qualidade, mas sim para os artistas que têm habilidade para lidar com as multidões e para vender seus produtos; isto decorre da estrutura econômica da sociedade brasileira atual, onde o poder aquisitivo cresce juntamente com o consumo sem limites. Restart, Cine, Fresno, Justin Bieber, RBD etc. são frutos dessa parte podre do capitalismo, que injeta carisma onde há ignorância e dinheiro. São produtos normais de um sistema que cresce em cifras e mantêm-se praticamente estagnado em conhecimento: é a nova versão do pão e circo.

Como expressão artística esse movimento representa o que será a escória da sociedade daqui algum tempo: os bobos da corte que servirão de massa de manobra para o poder, ou classe X, se desejar (X de mire sua flecha aqui). Imagina só o neto do enviado dos céus, vulgo Lula, não cante "Te levo comigo" no palanque da campanha presidencial?

Não adianta gritar, ofender esses pobres coitados, vítimas do sistema, essa situação só irá mudar quando o governo ou uma guerra frear esse consumo exagerado. Qual é a opção mais provável? Não acredito em uma saída que afete a popularidade dos deuses do Olimpo, ou das mães do Brasil...